Tristezas de um poente

Alegra ver no horizonte sem fim,

partindo, vós, entre as nuvens distante...

E, ó lua, tu, que virá brilhar pra mim,

tristes, verás, meus olhos olhando-te.

Silenciosa, a tarde, é sempre assim,

sem canto triste, nem doce melodia...

Saudade com perfume de jasmim,

e a estrela do meu sonho que me guia.

Negra e calada como a sombra minha,

cobrindo as flores pelo caminho

outra vez, noute, lentamente vinha.

Alegra ser quem sou. Poeta que sente,

contemplando lagos, bosques e ninhos,

tristonha, a alma, doirada do poente.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 05/02/2020
Reeditado em 17/03/2020
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