Tristezas de um poente
Alegra ver no horizonte sem fim,
partindo, vós, entre as nuvens distante...
E, ó lua, tu, que virá brilhar pra mim,
tristes, verás, meus olhos olhando-te.
Silenciosa, a tarde, é sempre assim,
sem canto triste, nem doce melodia...
Saudade com perfume de jasmim,
e a estrela do meu sonho que me guia.
Negra e calada como a sombra minha,
cobrindo as flores pelo caminho
outra vez, noute, lentamente vinha.
Alegra ser quem sou. Poeta que sente,
contemplando lagos, bosques e ninhos,
tristonha, a alma, doirada do poente.