Na solidão...
Na solidão as vezes fico a pensar,
ó braços do amor, serenos braços...
De que me vale este céu com teu luar,
sem vós para guiares os meus passos.
É triste o caminho sem a ave cantar,
sem o calor subalar de um abraço...
É triste na penumbra caminhar,
sem estrelas reluzindo no espaço.
Quem dera ser o bosque em cores várias,
mas a alma é como um vale sombrio
onde, as rosas, pendem solitárias.
Ai, onde lembranças nascem como a luz
que cai, num dia, melancólico e frio,
sobre os braços negros d'uma velha cruz.