AMADOR (soneto)
Amor, latejo em ti, no meu peito, por onde
Sinto! és perfume, e calor, e amizade, e clamor
E, ao teu olhar, a minha forte paixão responde
Em cada verso, o teu cerne a mim é de sabor
Das tuas palavras, do teu abraço, ali esconde
Cada vontade, és meu agasalho e o meu vetor
Do fruto deste afeto, surge tão ampla fronde
De carinho, onde me perverto, tal um pecador
Do ninho que trina em teu doce colo, dias faustos
De ti, rebento em prazer e em suspiros propago
Onde o meu infinito nunca são momentos exaustos
Vivo, regozijo em tua felicidade, de um calmo lago
Nos teus beijos a solidão e o vazio vão a holocaustos
E no ser amador, o nosso amor reside em doce afago
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/01/2020, 15’09” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Vídeo no YouTube:
https://youtu.be/KwH3YzCdzfg