Lama (488)

Lama (488)

Estrada poeirenta, eu na calçada

e o sol ardente queimando o meu rosto.

Nem sei se eu sigo bem ou mal disposto...

A vida passa e eu não entendo nada.

Melhor seria andar de madrugada...

Menor calor, talvez menor desgosto.

Talvez não visse alguém com tanto gosto,

talvez eu não ouvisse as gargalhadas.

Mas ouço e vejo, está mais complicado,

casais passando rindo, satisfeitos...

E agora chove, o asfalto está molhado,

água e poeira, o chão daquele jeito,

e o carro dela passa aqui ao lado

e joga (sem querer?) lama em meu peito.

(Gilson Faustino Maia)

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 08/02/2020
Código do texto: T6861306
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