Morre a última nota que me inspira
Morre a última nota que me inspira,
Nesta estrada que caminho em meio ao pó.
Só o silêncio que entoas tua lira,
Ah, eu sou aquele que caminha só.
No céu almejas a alma seu ninho,
Longe dos olhares entristecidos...
Brilha solitária em meu caminho,
A estrela triste dos meus tempos idos.
O doce aroma que exalas o horto,
A chama que acende o sonho lindo,
Tudo jazes em um peito morto.
Ai, nesta manhã que aqui se finda,
Estes versos, agora, eis que findo,
Vendo-lhe, partir, assim tão linda.