Morre a última nota que me inspira

Morre a última nota que me inspira,

Nesta estrada que caminho em meio ao pó.

Só o silêncio que entoas tua lira,

Ah, eu sou aquele que caminha só.

No céu almejas a alma seu ninho,

Longe dos olhares entristecidos...

Brilha solitária em meu caminho,

A estrela triste dos meus tempos idos.

O doce aroma que exalas o horto,

A chama que acende o sonho lindo,

Tudo jazes em um peito morto.

Ai, nesta manhã que aqui se finda,

Estes versos, agora, eis que findo,

Vendo-lhe, partir, assim tão linda.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 11/02/2020
Reeditado em 03/04/2020
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