Velho Cemitério

Repousam em ti, nesses tristonhos

Túmulos, marmóreos e silentes,

As angústias derradeiras e os sonhos

Na umbrosa dum cipreste mansamente.

Vagas em teu solo deserto e triste,

A saudade silente com teu banjo,

Entoando quantas lágrimas já viste

Nessa rua o plangente olhar d'um anjo.

Quando caem as sombras pela rua,

Solitária entre as brumas vem a lua,

Pálida vagando com teu mistério...

E outra vez serena com tuas luzes,

Uma a uma merencórias essas cruzes

Alumia neste velho cemitério.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 14/02/2020
Reeditado em 25/07/2021
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