INCONGRUÊNCIAS
Há tantas manhãs de Domingo acizentadas;
Um vazio que não cabe nessa imensidão.
Restos duma vida inteira, vividos em vão...
Estórias tristes, que foram mal contadas.
Há tantos porquês, ansiando por respostas;
Línguas estrangeiras ainda não traduzidas...
Um mundo escuro, em verdades induzidas.
Tantas mentiras nuas, aos olhos expostas.
Ainda estamos perdidos, da morte fugindo;
Ouvindo o rugir das quimeras desvaindo...
Em fogo brando, em lágrimas ilegíveis.
Queimando-nos, nas chamas de incertezas.
Forjando o nosso espírito as vis proezas...
Dum amor, que nunca coube em Nós!