Última nota do poente

Que vicejem como flores alegrias,

Sob o azul do céu nossos olhares...

Envolto pelos sonhos pulcros tu ias,

No peito, lentamente, a pulsares.

Ó estrela que vagueia perdida,

Num silêncio dolorosamente...

Sofre pelas plagas desta vida,

Peito que pulsar inda lhe sente.

Quando cantastes ave no galho triste,

E morreste a última nota do poente

Que no peito, solitário, sorriste.

Talvez sejas meu fado tristemente,

Ver os sonhos pulcros que sentiste

Morrerem ao raiar da luz nascente.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 20/02/2020
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