Última nota do poente
Que vicejem como flores alegrias,
Sob o azul do céu nossos olhares...
Envolto pelos sonhos pulcros tu ias,
No peito, lentamente, a pulsares.
Ó estrela que vagueia perdida,
Num silêncio dolorosamente...
Sofre pelas plagas desta vida,
Peito que pulsar inda lhe sente.
Quando cantastes ave no galho triste,
E morreste a última nota do poente
Que no peito, solitário, sorriste.
Talvez sejas meu fado tristemente,
Ver os sonhos pulcros que sentiste
Morrerem ao raiar da luz nascente.