E a alma nesses campos ermos...

E a alma nesses campos ermos qu'aflora,

Flores brancas sob a luz nascente...

Inda ouve as badaladas de outrora,

Quando vibra a triste nota do poente.

Se recolhe minha alma na clausura,

Envolta num profundo sentimento...

Vê as horas passarem na tristura,

Em meu peito a orar como um convento.

Ó alma que busca a felicidade,

Nesta vida, colher irá teus frutos

Quem lhe vive realmente de verdade.

Ó silêncio dos céus nos dias pulcros!

Solitária caminha a saudade

Na paz merencória dos sepulcros.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 21/02/2020
Reeditado em 25/02/2020
Código do texto: T6871489
Classificação de conteúdo: seguro