Etéreos devaneios

Exalam, tênues cheiros, teus jardins
Virgíneos, sob essências hialinas.
As gotas violáceas de neblinas

Rescendem nos segredos de carmins.

Sublime seda albina dos jasmins,
Das curvas, leves brisas campesinas.
Suave, a boca beija as doces crinas,
Meandros desse céu entre os cetins.

A sombra morna que, sutil, ondeia,
Sedenta, pelo visgo, serpenteia,
Buscando o mel que corre fino e rente.

E, enfim, aos vítreos brilhos vaporosos,
Desnuda os rios límbicos, sedosos,
Sorvendo o teu sabor macio e quente!


 
Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 24/02/2020
Reeditado em 03/04/2020
Código do texto: T6873547
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