Numa fria tarde...
Numa fria tarde de fevereiro,
A vagar estava pelas paisagens...
O silêncio como nas folhagens,
O astro no seu instante derradeiro.
Atros sentimentos feriram-me
O peito. - Tristezas da solitude...
Ver-te, ó vida, em decrepitude
Indo contemplando este céu sublime.
Ecoas n'alma dolências perenais...
Lentamente eis que lhes umedecem
Os olhos as glândulas lacrimais.
Pendem e caem das hastes, padecem
Como num jardim, negros roseirais,
Os sonhos que aqui também florescem.