A uma poetisa
Soneto dedicado à Magistral Poetisa YEYÉ BORBA
Contrária às evidências, Borborema*
Refuta a própria etimologia
Perfume e cor recendem doce tema,
Imagens duma esplêndida poesia.
Seu verso, que ao leitor sempre extasia,
Primor total, em lavra tão suprema
Que canta a vida em fúlgida alegria.
Rompendo em liberdade a fria algema.
Tão bom é te encontrar nesta manhã
De quarta-feira fria e tão cinzenta.
Você que há tanto tempo fez-se irmã
De um vate que, na vida, ao menos tenta
Lutar a cada instante a luta vã
Do verso que nossa alma ainda alenta.
* Deriva de "por-poy-eyma" da língua Tupi, da nação dos potiguaras e tabajaras, que significa terra seca, sem moradores, terra sem gente, desocupada, terra de difícil plantio.
Soneto dedicado à Magistral Poetisa YEYÉ BORBA
Contrária às evidências, Borborema*
Refuta a própria etimologia
Perfume e cor recendem doce tema,
Imagens duma esplêndida poesia.
Seu verso, que ao leitor sempre extasia,
Primor total, em lavra tão suprema
Que canta a vida em fúlgida alegria.
Rompendo em liberdade a fria algema.
Tão bom é te encontrar nesta manhã
De quarta-feira fria e tão cinzenta.
Você que há tanto tempo fez-se irmã
De um vate que, na vida, ao menos tenta
Lutar a cada instante a luta vã
Do verso que nossa alma ainda alenta.
* Deriva de "por-poy-eyma" da língua Tupi, da nação dos potiguaras e tabajaras, que significa terra seca, sem moradores, terra sem gente, desocupada, terra de difícil plantio.