LINHAGENS

LINHAGENS

Que imenso passado hei-de me inventar?

Que títulos, grandezas e heroísmos

Devo de casamentos e baptismos

Da poeira dos códices resgatar...?

Que novos ramos à árvore milenar

Fazer brotar de velhos feudalismos...?

De que ruinosas torres face a abismos

Todo o caos do Universo contemplar...?

Quantos antepassados memoráveis

Haverei-de elencar por condestáveis

À frente de milícias aguerridas...?

Ou senão, como grãs-autoridades

A serviço de reis e potestades,

Deixando pela História suas vidas!...?

Betim - 26 02 2020