Soneto das quase ausentes rimas

Meu verso faço, agora, livre e solto!
Das rimas, não me vem preocupação.
Fugindo vou das fórmulas impostas,
Sem fito de buscar  sonoridade.

E a escrita segue leve e natural.
A métrica mantendo sempre igual,
De sáficos, heroicos, coisa e tal,
Sem rimas de beleza magistral.

Beleza, por sinal, muito enganosa,
Se a rima, encontradiça em cada fim,
Do encontro, nem mais fique curiosa.

Por certo, a Musa espera ter, de mim,
Bem mais que a airosa rosa cor de rosa
Que deixa previsível  o  jardim.
 
Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 28/02/2020
Reeditado em 13/02/2021
Código do texto: T6876536
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