Lágrimas
Das lacrimais glândulas silenciosas,
Vieram, vós, deixa-los umedecidos...
- Os corações quando estão doloridos,
São frágeis como pétalas de rosas.
Choram almas lembrando primaveras,
Nas tardes que morrem tão vagarosas...
Sentindo, passarem, lamentosas
As horas, cantando as prístinas eras.
Quando vieres de novo triste o outono,
Voltarão eu sei, ó folhas mortas,
Frias, as noutes, frias do profundo sono.
Voltarás lembrança que o peito corta,
- Silente como flores no abandono -
Mas que por dentro, ó vida, me conforta.