Canta no romper d'alva a passarada

Canta no romper d'alva a passarada,

Canta tristeza n'alma que chora...

Colhendo solitária a flor d'outrora,

Por uma estrada de astros iluminada.

Relembrando idos tempos na memória,

Ai, fragrâncias de uma noute enluarada...

Sempre me tráz deserta esta estrada,

Lembranças com tua lira merencória.

Repousam silentes sobre este horto,

As cinzas do meu passado morto,

Os sonhos que vibraram, ai, com calma...

Se foram neste céu com teu arpejo,

Quando surgia entre brumas um lampejo,

E nunca mais vibraram em minha alma.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 06/03/2020
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