Frias Tardes Outonais
Envolto nas brumas sentimentais,
Caminho por essas ruas solitário...
É meu peito, sim, velho relicário,
Onde guardo frias tardes outonais.
Vibras como um sino no campanário,
Ao dobre dos cânticos noturnais...
Coração nas madrugadas soturnais,
Vibras tal como um sino solitário.
A tristeza é a mesma de outrora,
E as flores morrem com teus olores
Como a noute ao despontar d'aurora.
Caminhando aqui nestes verdores,
Sempre aflora n'alma, sempre aflora,
Saudades no luzir dos esplendores.