Por essas velhas ruas...

Por essas velhas ruas ermas e sombrias,

Onde outrora florescestes uma flor.

Hei de sentir do tempo o teu negror,

Na luz etérea dos vindouros dias.

Meus tristes versos teço com que dor,

Relembrando madrugadas em que ias...

O silêncio soluçando elegias

Dos meus sonhos que morreram no alvor.

E a juventude foi-se indo silente,

Como as horas que passam tristemente,

Como as sombras que vão despercebidas...

Hás de ser, tu que me ouves, ó amada,

Como uma rosa ao vento desfolhada,

O destino final de nossas vidas.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 10/03/2020
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