Por essas velhas ruas...
Por essas velhas ruas ermas e sombrias,
Onde outrora florescestes uma flor.
Hei de sentir do tempo o teu negror,
Na luz etérea dos vindouros dias.
Meus tristes versos teço com que dor,
Relembrando madrugadas em que ias...
O silêncio soluçando elegias
Dos meus sonhos que morreram no alvor.
E a juventude foi-se indo silente,
Como as horas que passam tristemente,
Como as sombras que vão despercebidas...
Hás de ser, tu que me ouves, ó amada,
Como uma rosa ao vento desfolhada,
O destino final de nossas vidas.