SONETO EM SILÊNCIO

Este é o azarado malfeito no amor

Que os sonhos afoga na garganta

E, solitariamente, vive no dissabor

Aos olhares outros nunca encanta

Deixado, no escuro e sem assessor

Vaga. E, ao cabo de solidão tanta

No desejo pouco coexistiu amador

E com o tempo o vazio só agiganta

Coração deserto, lágrimas e pranto

O silêncio no peito é um pesar tonto

E aos lábios frios a carência acaricia

Num beijo sem calor e sem manto

Onde está sensação é sem pesponto

E a emoção sem apaixonada poesia

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

23/03/2020, 06’45” - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/KywTI_9_CE8

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/03/2020
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