Egrégios brilhos penderam do luar

Egrégios brilhos penderam do luar,

E meus caminhos aqui iluminaram.

Mostrastes-me do tempo o teu pesar,

Esses cabelos que aqui já branquearam.

E n'alma tristonha, ergueram teu altar

Os momentos pulcros que já passaram...

Na catedral, do peito, a badalar,

Sonoros os teus sinos continuaram.

Nessas horas qu'a sombra os ares permeias,

E a mágoa, de novo, na solitude

Voltas e pálida luz o céu clareias...

Que lhe vi, partindo, envolta num véu

De névoa, e seguindo-te na quietude

Ias minh'alma cantando pelo céu.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 23/03/2020
Reeditado em 06/04/2020
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