Egrégios brilhos penderam do luar
Egrégios brilhos penderam do luar,
E meus caminhos aqui iluminaram.
Mostrastes-me do tempo o teu pesar,
Esses cabelos que aqui já branquearam.
E n'alma tristonha, ergueram teu altar
Os momentos pulcros que já passaram...
Na catedral, do peito, a badalar,
Sonoros os teus sinos continuaram.
Nessas horas qu'a sombra os ares permeias,
E a mágoa, de novo, na solitude
Voltas e pálida luz o céu clareias...
Que lhe vi, partindo, envolta num véu
De névoa, e seguindo-te na quietude
Ias minh'alma cantando pelo céu.