CÉU DA NOITE

A lua brilha, mas esconde disfarces terrestres.

Na penumbra, surgem os ‘pardos gatos’.

No “breu”, ‘garras’ afiadas. Alegres “abutres”

Pós-escuro, aparecem seus atos.

Os seus ‘voos’ na noite são imperceptíveis,

Disfarçados de beija-flores, sugam na ilusão.

E nem o céu à meia luz, com brilhos sensíveis,

É capaz de frear, tamanha falsa percepção.

E ao amanhecer, ressaca à vista.

Olhos tristes! Mente tonta!

Golpe descoberto, Buraco na conta.

Em tempos de blecaute,

É preciso ‘enxergar’ com outros sentidos,

Para evitar um nocaute.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 03/04/2020
Código do texto: T6905135
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