Noturna Senhorita
Minh'alma, ó lua, dolorosa e aflita,
Dos pássaros ouvindo bela ária...
Lembrou-me, tua face, senhorita,
Pálida, tristurosa, solitária.
Partindo neste céu de tons tristonhos
Ias tu, ó lua, levando meus plangores...
P'las névoas que vagueiam tantos sonhos,
Clareando novamente esses verdores.
- Tu te ias silenciosamente a vagares...
Mística bruma que te negrejavas
Na mortalha das sombras a brilhares.
Ah! Nem percebeste tu que te olhavas,
Noturna senhorita pelos ares,
Com o teu o meu pesar se assemelhavas.