ESTARRECIDA

Eu sou o sonho, ainda não sonhado

As cicatrizes dos cortes de açoites

O mistério que sobreveio das noites

O Caos pela manhã despertado

Eu sou a lâmina esterilizada na carne

A quentura do sangue lavando a alma

Há tanto tempo perdi a minha calma

A dor em mim, já não entardece

Não reconheço o mundo em que Vivo

Sem leis que alcance o meu espírito

Não tenho vida, no caos, sobrevivo

O meu coração, não alcança a glória

As flores já não vingam nos jardins

Estou partindo para longe dessa escória

Allana Poesia
Enviado por Allana Poesia em 05/04/2020
Reeditado em 05/04/2020
Código do texto: T6907380
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