ESTARRECIDA

Eu sou o sonho, ainda não sonhado

As cicatrizes dos cortes de açoites

O mistério que sobreveio das noites

O Caos pela manhã despertado

Eu sou a lâmina esterilizada na carne

A quentura do sangue fervilhando n'alma

Há tanto tempo perdi a minha calma

A dor em mim... o tempo entardece

Não reconheço o mundo em que Vivo

Sem paz que alcance o meu espírito

Não tenho vida, no caos, sobrevivo

O meu coração, não alcança a glória

As flores já não vingam nos jardins

Despeço-me, de toda essa escória

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 14/04/2020
Código do texto: T6916410
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