ESTARRECIDA
Eu sou o sonho, ainda não sonhado
As cicatrizes dos cortes de açoites
O mistério que sobreveio das noites
O Caos pela manhã despertado
Eu sou a lâmina esterilizada na carne
A quentura do sangue fervilhando n'alma
Há tanto tempo perdi a minha calma
A dor em mim... o tempo entardece
Não reconheço o mundo em que Vivo
Sem paz que alcance o meu espírito
Não tenho vida, no caos, sobrevivo
O meu coração, não alcança a glória
As flores já não vingam nos jardins
Despeço-me, de toda essa escória