Infeliz seja aquele que, morrendo,

Infeliz seja aquele que, morrendo,

não consegue deixar as esperanças

e delas tem segredo... Fés crianças

saltitam, e ele morre mesmo as vendo!

Ri que vai na prisão envelhecendo,

que aceita!, mas na mente traz as danças

de um tempo fugidio: lembranças mansas

de uma infância contente o enternecendo.

"Em trinta anos a pena estará paga!"

... E sonha que em um mês alguém lhe traga

de volta os findos anos bons da vida...

Quem pode proibir que um jovem queira?

Mesmo que o abandonemos na poeira!

Mas morra na poeira a alma perdida...

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 14/04/2020
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