Dolências

Esperança que n'alma faz teu ninho,

Nesta vida de angústias e de dores...

Sois o sol que doira em meu caminho,

Redolentes pétalas de flores.

E envolto nessas dores a vagares,

No silêncio atro das madrugadas...

Vi ficarem, pulcros meus sonhares,

Para trás como rosas desfolhadas.

Eu que trago no meu peito calado,

- Pra reviver lembranças doutrora -

Antigas imagens do meu passado...

E meu fado, merencório, hás de ser,

Pra lembrares no silêncio d'aurora,

Doce a melancolia do entardecer.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 23/04/2020
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