O bosque d'alma

Na penumbra do bosque enevoado,

Corro desses espiritos amaldiçoados

Que tentam matar-me sem razão.

Maldito seja meu mal-assombrado coração!

Nessa completa escuridão,

Fujo do corrupto fantasma da morte

Que comigo nunca teve sorte,

Mas ainda sim espreita minha paixão.

Na penumbra de minh'alma,

Escondesse o meu maior medo:

O meu fim.

Ele nunca me deixará

E, quando se concretizar,

Só o vazio existirá.

De um homem morto,

Pedro Lino