SONETO(042)

Onde estás ó pequena-grande selvagem?

Em que caminhos eu poderei te encontrar?

Porque é que não mandas uma mensagem

Para que o silêncio não persista a contristar?

Porque, morena, tens no olhar persistente,

As névoas de profundas feminis abstrações?

Porque abrigas frieza no peito, que não sente,

O que sai das entranhas das minhas expansões?

Há quem te julgue amiga, pelo teu sorriso;

Há quem te julgue pelo teu olhar, meu bem,

Como que edificando um negro cadafalso...

Não sabes tu que para te julgarem bela flor,

É preciso regar-te com a calmaria do prazer?

Ei, cega? Careço de algo muito enternecedor.

Nova Roma do Sul-RS, em 26 de Julho de 2019.

MAZZAROLO ANGHINONI
Enviado por MAZZAROLO ANGHINONI em 30/04/2020
Código do texto: T6933588
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