Ah! Nessa silente rua solitária
Ah! Nessa silente rua solitária,
Quando surge etérea a luz sagrada...
N'alva canta festiva a passarada,
N'alma vibra saudade a tua ária.
E quando tombas a noute silente,
Nessa rua solitária com teus lumes...
Olhando fico para o céu dolente,
Sentindo, noturnos, os perfumes.
Me recordo, que tão bela essa vida,
- Como folha levada pelo vento -
Hás de ser como d'haste a flor pendida.
E vibras n'alma solidão a tua ária,
Como freira no claustro dum convento,
Nessa rua, silente e solitária...