Ah! Nessa silente rua solitária

Ah! Nessa silente rua solitária,

Quando surge etérea a luz sagrada...

N'alva canta festiva a passarada,

N'alma vibra saudade a tua ária.

E quando tombas a noute silente,

Nessa rua solitária com teus lumes...

Olhando fico para o céu dolente,

Sentindo, noturnos, os perfumes.

Me recordo, que tão bela essa vida,

- Como folha levada pelo vento -

Hás de ser como d'haste a flor pendida.

E vibras n'alma solidão a tua ária,

Como freira no claustro dum convento,

Nessa rua, silente e solitária...

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 03/05/2020
Reeditado em 06/05/2020
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