Diante da flor mais bela sangrei

Domei o tempo, perdi as rédias

No galope das horas atrasei

Deslizei em tropeços desmedidos

Diante da flor mais bela sangrei.

Sangrei. Cresci.Brotei jardim.

Chorei. Morri. Nasci jasmim.

Caí como qualquer fruto proibido

Jogado, profano, mordido.

O silêncio que de mim propaga

Ecoa no vazio surgindo em mim

Uma chama que esfria. Não apaga.

Me amordaça, fere e judia

Desfaz tudo que assim existia

Apaga tudo das areias sob os pés.