COM A ALMA NA JANELA
A tecla, a corda, um trinado cru e, jaz
Apita com boca de bossa e pressente
Fórnice da lâmpada que o rio perfaz
Plenitude tem seu cancro, enchente.
Outrora, foram tais os sentimentos
Mas, pára lá! Exigindo à lua coxa...
Ressarcidos, opérculos macilentos
Minha alma inverossímil ou roxa?
Nem sempre hei de saber um vinho
Em noites emolduradas, relincha o cão
Atravessando cega rótula, de mansinho
O nevrálgico cis – amplo – o vergalhão.
Como fosse eu, aquele mesmo recado
Em cuja alcunha far-me-ia de honrado.