FESTA JUNINA (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Danças de quadrilhas cada um com o seu par,

Noivos ou noivados ensaiados a cada encenação,

Pedido de casamento a dama para permitir a mão,

Formação dos casais em fileiras para coreografar.

Fogos de artifícios no céu ou no chão a estourar,

Balões de papéis subindo o ar pela imensidão...

Caldos, doces, salgados acompanhados dos quentões,

Roupas remendadas e coloridas iguais ou a diferenciação.

Caipiras compassadas as fumaças que embassam o lugar,

Buscapés e estalinhos para todos brincar como de pular,

Empurra empurra acontece por entre algumas multidões.

Da rainha da festa na sua condecorada e posicionada coroação,

Danças típicas do dia de Santo Antônio, São Pedro ou São João,

Pular fogueira a promessa da pretensão ao que queira alcançar.

Fazer simpatias as superstições do que cada um pode acreditar,

Uma bananeira ou goiabeira com quem alguém queira casar...

Barracas de comestíveis, pescarias ou bebidas a convenção,

Anzóis preso aos naylons ou a pontaria de uma espingarda ou arpão.

Gravatas borboletas nos ternos a vaidade que obriga usar...

Musicas próprias e matutas locadas a formosura da diversão,

Santos Juninos vespertinos as preces feitas a luz de um lampião,

Aimpim e batata doce colocado na brasa do fogo para assar.

Namorados ou pretendentes perambulando para o amor encontrar;

Melados apreciados pela procura de quem a algo quer comprar...

Canja de galinha ou milho cozido com manteiga que passa no pão.

Rodas ou dança de rodada feito uma roldana girando a um peão...

Cordões, anéis e colares para os cosméticos fazer embelezar,

Festa Junina da católica a sina da homenagem como a São João.