Solitárias Noites

Lá fora, fria névoa, que me importa

Veres tu, banhar flores singelas;

Açucena que o vento leva morta,

És a alma quando a mágoa lhe flagela.

Mal sabes vós que me vês calado,

No peito trago solitárias noites...

Ave que na tarde segue o teu fado,

Cantando tuas dores talvez fostes.

Silêncio qu'entoas tua ária para mim,

Melódicos, teus versos tristurosos

Novamente me deixastes assim...

Envolto nessas brumas frias, lá fora,

Vendo surgirem, astros luminosos,

Sentindo doce o perfume de outrora.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 18/05/2020
Reeditado em 24/12/2020
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