Pra que fingir

Amo-te loucamente, amo-te sem medida

E de amar assim, fico preso a ti, sem vontade.

Derramo aos teus pés minhas lágrimas doloridas,

Ainda na distância, te sinto na dor da saudade.

Amo-te alegre, amo-te como nunca alguém amou,

Com um amor que me faz senhir, depois escravo.

No silêncio do quarto, busco viver com o que restou,

Rio, choro, deixo de ser forte e me torno fraco.

Pra que fingir, se apenas mentir é o meu alento

E assim me penho pelo avesso, me desfaço,

À margem do abismo, desse inferno que é amar?

Perdo-me outra vez na distância, no desencanto e desalento,

De te buscar em vão, na dor da solidão, me cosonme o cansaço,

Ao fim da busca, resta-me apenas um sentimento, charar!

Charles Costa
Enviado por Charles Costa em 19/05/2020
Código do texto: T6951848
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