Soneto do 'pensar alto'

Entre um pensar e outro, o alerta

O ouvido 'amigo' indiferente a lamentação aberta

Assim faz-se ensejo ao afago dum travesseiro

O repousar sem recursa: confidente e companheiro

Invicto estou a eufórica ilusão da cerveja

pois as magoas doem-me donde eu esteja

Um vendaval que vem, vai, e diz: Ate logo!

Dai a noite a claro, resta-me o monólogo

Aca estarei no exercício assíduo do queixume

A revelia do destino e seus malfazejo(s)

Mas da melancolia do final de festa imune

Em mim ,de certo, há um firme desapego

Da felicidade cujo finitude não atiça-me desejo

Pois tê-la sempre não me massageia o ego

Alex Melloh
Enviado por Alex Melloh em 21/05/2020
Reeditado em 24/10/2022
Código do texto: T6954392
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.