Soneto para um amor ausente
Soneto para um amor ausente Sérgio Portugal Out-1976
Tem certos dias que eu, gozado,
Me sinto assim tão triste e só
Que de mim, não sei, tenho dó
De uma vez ter, tão forte, amado.
E lembro rios, montes, matas,
Já com você eu brinco e sonho...
E, então, me tiras o ar tristonho
Com teu olhar de mil cascatas...
Mas, eis que choras... por tristeza...
E, então, te vejo tão sentida
Que, aí, te livro a imagem presa...
E maldizendo já a vida,
Eu lembro então tua beleza...
E também choro à tua ida.