O Escritor e o Soneto
Nada viverá a conseguir suspender
Para não tomar o meante deste soneto.
Nem o íntimo desordenado, ou o romper
Da manhã sem café, extrair, claro ou preto.
Larguei as rudes todas sem responder,
Não posso despertar muito, só o conceito
Cortês de consciência, a seiva, e esconder
Ideias ríspidas da psique, o justo e o veto...
E a mansidão, em espírito, conceder,
Um tanto escasso no gesto do correto,
Um elucidado imitado pelo concreto.
Venho então com a meada finda ao terceto,
Sem luz, conclusões, neurônios: só entrever
Que ao soneto, ao escritor, só carece o resolver.