Estrela fugaz

Meus olhos a observar as estrelas

De minhas mãos tão distantes

Nas noites escuras tão brilhantes

A desejar, sem poder tê-las.

Quero poder tocar uma estrela cadente

E degustá-la com as pontas dos dedos

Tornar palpável o infinito luzente

E saboreá-la ao desenrolar dos enredos.

Não me apetece apenas colecioná-las,

Fechadas, em potes invisíveis, intocáveis

E em vão silêncio contemplá-las.

Se eu tivesse, um dia, a oportunidade

Saciaria meus desejos incomensuráveis,

Depois, a deixaria seguir em liberdade.