soneto da pressa desprovida de alma

a noite dilui a chuva

a chuva abraça a noite

apenas uma pessoa na rua

trinta e uma mil mortes

e esta pressão desumana

para abrir as lojas e tudo

que é comércio consumindo

vidas almas valores

(você nem parece que cresceu

continua criança sonhando)

eu sei eu ouço e não me calo

sou antena sou formiga mas faço parte

desta onda que avança calma e firme

sobre o ódio e a inconsciência

Francisco Zebral
Enviado por Francisco Zebral em 02/06/2020
Código do texto: T6966003
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