O céu com teu olhar assim nublado
O céu com teu olhar assim nublado,
Lembrava-me a cor das tardes outonais...
Ouvindo, a lira, do meu passado,
Ecos d'um tempo que não volta mais.
Esta que m'espera, escura e deserta,
Que as dores do vivente lhe acalma...
És como, o peito, onde d'anseios repleta
Pranteias em teu ermo merencória alma.
Lua que partiste pelas madrugadas...
Vão as horas lentas nessas paragens
Como flores ao vento desfolhadas.
- Quando vibram os sinos novamente...
N'alma distantes essas imagens,
Ei-las que surgem dolorosamente.