À Lua

Quero-te, oh! Lua! A fase não me importa

Mas mesmo ao alcance dos olhos e da mão

Estás tão distante da alma e do coração

Que para chegar a ti não encontro porta.

Tu, que aos poetas tão bem pertence

Podias ouvir-me os sentidos clamores

E trazer alento a tão duras e cruas dores

Deste que à solidão não vence.

Tu, que dos românticos és o desejo

Devias trazer-me o teu amoroso alento

Pois alcançar-te é o que mais tento.

Porém, assim tão distante, o que vejo

É que dos solitários és meta sem fim

E este teu lado é que destinaste a mim.

Cícero – 07—06-2020

Cícero Carlos Lopes
Enviado por Cícero Carlos Lopes em 07/06/2020
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