O velho e o banco
Ali ele estava, um velho homem sentado no banco da praça
Sozinho, com seus pensamentos de um passado que já foi embora
Da vida somente lembranças, quase sem graça
Agora que tudo se esvai pelos seus dedos, vida de outrora
Cabelos brancos espelhando os seus dias de trabalho árduo
Arcado sobre aquele banco pensando nos dias já vividos
Os poucos que ainda virão e o mesmo fardo
Tal é a solidão de uma vida que lhe deixou assim, sofrido
Família ele não tem mais, vivem a sua própria
E aquele banco é somente o que lhe restou
Para mostrar o quanto foi bom e o quanto amou
Mas para consolo de seu corpo e alma
Um anjo se aproximou, sorriu, e anunciou: “Vim te buscar”
E num sorriso lindo o velho se foi, para no céu continuar