O velho e o banco

Ali ele estava, um velho homem sentado no banco da praça

Sozinho, com seus pensamentos de um passado que já foi embora

Da vida somente lembranças, quase sem graça

Agora que tudo se esvai pelos seus dedos, vida de outrora

Cabelos brancos espelhando os seus dias de trabalho árduo

Arcado sobre aquele banco pensando nos dias já vividos

Os poucos que ainda virão e o mesmo fardo

Tal é a solidão de uma vida que lhe deixou assim, sofrido

Família ele não tem mais, vivem a sua própria

E aquele banco é somente o que lhe restou

Para mostrar o quanto foi bom e o quanto amou

Mas para consolo de seu corpo e alma

Um anjo se aproximou, sorriu, e anunciou: “Vim te buscar”

E num sorriso lindo o velho se foi, para no céu continuar

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 08/06/2020
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