Chovia...
Chovia quando aurora embalsamada
Pelas brumas ouviu tuas dolências;
Alma que sonhaste na madrugada,
Contemplando auríferas refulgências.
Nesses campos, já fostes, outrora,
Fragrâncias sentindo dessas flores...
No surgires silente da aurora,
Deixando para trás teus dissabores.
Seguiste, lembro, pássaros, a veres,
Levando-lhe, contigo, etérea a cor
Dos memoráveis entardeceres.
Oh! Quantos sonhares por esta rua...
Esta que já ouviste o meu plangor,
Enquanto lhe clareavas branca lua.