Chovia...

Chovia quando aurora embalsamada

Pelas brumas ouviu tuas dolências;

Alma que sonhaste na madrugada,

Contemplando auríferas refulgências.

Nesses campos, já fostes, outrora,

Fragrâncias sentindo dessas flores...

No surgires silente da aurora,

Deixando para trás teus dissabores.

Seguiste, lembro, pássaros, a veres,

Levando-lhe, contigo, etérea a cor

Dos memoráveis entardeceres.

Oh! Quantos sonhares por esta rua...

Esta que já ouviste o meu plangor,

Enquanto lhe clareavas branca lua.

ThiagoRodrigues
Enviado por ThiagoRodrigues em 09/06/2020
Código do texto: T6972711
Classificação de conteúdo: seguro