Angico Torto

Se foi aquele céu azul lá na fazenda,

Dos sonhos da menina que desenhava,

O cantar dos pássaros, que encantava,

E os causos de ontem, de sua lenda.

A mãe na plantação aguava o seco chão,

O pai destemido no curral tirando leite,

As caras de boi na cerca, era o enfeite,

No Angico Torto, um desenho do sertão!

Hoje é utopia, um rabisco feito de poesia,

Nos versos, as borboletas coloridas, voam,

Por tempos passados, que não existe mais!

E tudo que o vento levou, o tempo não recria,

Somente as saudades dos vagalumes ecoam,

Nas vagas lembranças, ancoradas neste cais!

Poema musicado por Tonino Arcoverde

bel Salviano Planeta Poeta
Enviado por bel Salviano Planeta Poeta em 13/06/2020
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T6976601
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.