DELETÉRIA MEDITAÇÃO

Estranhos frutos de antigas reminiscências,

cobrem-me em sua pênula renitente nostalgia.

Que me afanam exíguos instantes de alegria,

Estertor desalmado de minha consciência.

Urde que eu me queime a ferro em brasas

quando me traz à lembrança uma vida de algia,

Aduz-me a um passado de pura abstemia

quando arranca a ferro o pêndulo de minhas asas.

Funesta quimera allure que me toma agora.

óbice que orna a noite de uma madrugada fria,

que ecoa gritos na noite escura lá fora,

Que devasta almas roubando-lhes a alegria,

deixando passível a minha que agora chora,

vendo a morte me assistir, em minha agonia.