INCONCEBÍVEL DESEJO

Sou aquele, dom Quixote de Cervantes!

De dom Juan D’ Marco sou o amante da janela

De Da Vince sou eu o vitruviano errante,

Que tutela de blandícies a moldura de uma tela.

Sou a voz profetica das Gentes apaixonadas.

O Titão, por Eos, desejado de forma ardente.

Sou os degraus das mais íngremes das escadas,

Sou passo no paço sou o mais fácil excludente.

De Shakespeare sou os amantes de Verona.

Sou as jura de amor eterno sem qualquer significado;

Nos templos, no tempo, o sentir que não se profana.

Sou o roçar da pele e o beijo picante roubado,

A insônia que arde os olhos de todos os amantes

Sou o mais doce, melífluo, sereno sabor de pecado.