Quando a Lua cresce

Ela estava linda naquele vestido;
toda vestida para ele, não para ela...
Aquilo era mesmo um capricho contido
que realizava e refletia nela...

Ela, fina e bela mulher, um encanto,
elegante, escondia segredos e ais,
pequenos fetiches, alguns acalantos,
que alimentavam os desejos fatais:

A cor vermelha bem que lembrava o tinto;
as alcinhas, cai não cai, que por instinto,
lembravam outra peça de mesma rima...

Uma chuva fina caía no lugar....
A lua de prata se escondeu, respeitosa,
logo que ele a tocou e começou a beijar...