O Vulto

Eu vi aquele vulto na parede

tentando proteger alguma cousa

confuso como pássaro que pousa

na vastidão da noute, mas com sede…

Naquele vulto vi sombria rede

querendo escapulir da grande lousa

com olhos rubros — fogo de quem ousa

na vastidão da noute ter mais sede!

Inerte ali fiquei amedrontado

olhando para o vulto endiabrado

mas sem nenhuma força pra detê-lo…

E o vulto num relâmpago profundo

comeu as almas vis de todo mundo

por sorte despertei do pesadelo!

*Versos decassílabos

Gustavo Valério Ferreira
Enviado por Gustavo Valério Ferreira em 18/06/2020
Reeditado em 18/06/2020
Código do texto: T6980864
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