Noite no Charitas

No fulgor do anseio,

Desvelado em enternecido olhar.

Notas pelas sala a errar,

Segredando no íntimo enleio.

Onírico átimo da arte,

Miríficos acordes de alento.

Epílogo da sanha do tempo,

Em opus de beleza ingente.

Sentimentos ínferos de Chopin a encetar,

Bálsamo afável a flanar,

Pelo refugo das horas.

Noite aprouver e indelével,

Completude n' alma inefável,

Embevecido ensejo no Charitas.

Em XIX de junho de MMXX. E. V.

Dies Veneris.

Marvyn Castilho
Enviado por Marvyn Castilho em 21/06/2020
Código do texto: T6983421
Classificação de conteúdo: seguro