Noite no Charitas
No fulgor do anseio,
Desvelado em enternecido olhar.
Notas pelas sala a errar,
Segredando no íntimo enleio.
Onírico átimo da arte,
Miríficos acordes de alento.
Epílogo da sanha do tempo,
Em opus de beleza ingente.
Sentimentos ínferos de Chopin a encetar,
Bálsamo afável a flanar,
Pelo refugo das horas.
Noite aprouver e indelével,
Completude n' alma inefável,
Embevecido ensejo no Charitas.
Em XIX de junho de MMXX. E. V.
Dies Veneris.