Ferida Aberta
Ninguém vê o aniquilamento no penar
Quimera vil do sublime temerário
Ingratidão à megera do cemitério
Nesta maldita empresa a exorcizar
Vives na lama deste teu sepultar
Animais entre bestas sem critério
No sórdido solo roxo o hemisfério
Para decompor as carnes a execrar.
Bata nesta mão miserável que treme
Sementes do esquecimento que freme
A acarinhar a lápide desta sepultura.
Na volumosa chaga do teu peito
Numa pedra fria que aqui tanto freme
Nesta boca de ósculos que geme.
DR SMITHY